Raízes do Brasil - Sérgio Buarque de Holanda
- julio-cesar-braga
- 21 de abr. de 2015
- 2 min de leitura

"Raízes do Brasil" é um livro do historiador brasileiro Sérgio Buarque de Holanda. Foi publicado originalmente pela Editora José Olympio, tendo sido posteriormente objeto de várias reedições ao longo do século XX e é considerado um dos mais importantes clássicos da historiografia e da sociologia brasileiras. "Raízes do Brasil" foi traduzido e editado também em italiano (1954), espanhol (1955) e japonês (1971, 1976), bem como em alemão e em francês. Publicada em 1936, "Raízes do Brasil" aborda aspectos centrais da história da cultura brasileira. O texto consiste de uma macrointerpretação do processo de formação da sociedade brasileira. A tese central é a de que o legado personalista da experiência colonial constituía um obstáculo, a ser vencido, para o estabelecimento da democracia política no Brasil. Destaca, nesse sentido, a importância do legado cultural da colonização portuguesa do Brasil e a dinâmica dos arranjos e adaptações que marcaram as transferências culturais de Portugal para a sua colônia americana. (Fonte: wikipedia.)
Na obra de Sergio Buarque de Holanda (1902/1982), pai do cantor e escritor Chico Buarque de Holanda, nos elucida a realidade brasileira sob uma ótica original e inovadora. Que transformou a obra num livro atemporal, sob o qual se introduziu na sociedade conceitos como patrimonialismo e burocracia. É um livro inovador no que diz respeito à busca da identidade nacional na época de 1936, data de sua publicação. Período em eu a experiência colonial impedia o estabelecimento do sistema democrático político no Brasil.
Sérgio Buarque é possuidor de uma notória capacidade de ser detalhista quando se refere às relações interpessoais e com o meio em épocas diferentes descreveu o brasileiro como um “homem cordial”, isto é, que age pelo coração e pelo sentimento, preferindo as relações pessoais ao cumprimento de leis objetivas e imparciais.
Através desse conceito de homem cordial, Sergio Buarque de Holanda destaca a importância cultural deixada como herança pela colonização do Brasil por Portugal. Essa cordialidade nata do povo brasileiro foi fruto de discussão onde Sergio Buarque foi acusado de expor teorias de gênero. Os críticos da época alegaram que o fato de ter mencionado o abrasileiro como “pessoal cordial”, cria um conceito de raça brasileira.
Contudo o que Sergio Buarque fez “destrinchar as causas desta cordialidade e a partir daí explicar como ela, que é enraizada no perfil psicossociológico do povo brasileiro, contribuiu para todas as mazelas que conviveram e ainda convivem com as relações sociais no Brasil”.(wikipedia).
Em suma , Sérgio Buarque nos mostra um panorama através de elementos históricos a construção da identidade político-social brasileira , num período de economia social instável e sob o comando de famílias patriarcais e escravagistas.
“Hoje, a simples obediência como principio de disciplina parece uma formula caduca e impraticável e dai, sobretudo, a instabilidade constante de nossa vida social”.
Sergio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil. 1936..
Sobre o autor:
Sérgio Buarque de Holanda nasceu em São Paulo, em 1902, e faleceu em 1982. Depois de lecionar em varias escolas superiores, tornou-se, em 1956, catedrático de Historia da Civilização Brasileira na Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo. E autor de, entre outros, Cobra de vidro (1944), Caminhos e fronteiras (1956; Companhia das Letras, 1994), Visão do paraíso (1958), Livro dos prefácios (Companhia das Letras, 1996) e O espírito e a letra (Companhia das Letras, 1996
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